Todo baiano raiz sabe que se na sua família tem gêmeos (eu tenho meus tios) você tem que fazer o caruru de Cosme e Damião em Setembro. E, como eu amo uma tradição, sigo a da minha avó Maria e normalmente faço sim, nem que seja dia 30 :)
Só que como sou do contra, ao invés de galinhada (que detesto), faço o Caruru e o Vatapá com uma moqueca de bacalhau, que fica bem mais legal. Olha o outro post com a receita da moqueca de bacalhau que comemos neste dia.
Minha mãe é quem faz o caruru de minha avó (com ajudantes, claro, porque esta comida é trabalhosa) e foi quem me passou a receita, mas agora, mesmo quando ela está aqui em casa, só ajuda a cortar os quiabos e a comer :)
Tanto o Caruru como o Vatapá tem a mesma base de temperos que você vai ter que bater tudo e cozinhar por 20 minutos. Os mais experientes, como minha mãe, fazem esta parte de uma só vez e separam em 2 panelas só depois. Eu faço um de cada vez e tudo bem medidinho, já que seguro morreu de velho. Imagina ter este trabalho todo e ficar ruim.
Daí, com a base pronta, você adiciona quiabo no Caruru, que não faz tanto sucesso com os paulistanos, e farinha (eu uso de trigo mesmo, mas baiano raiz usa farinha de pão) no Vatapá.
Mas, segue o passo a passo.
Base (fazer 1 receita destas para o Caruru e outra para o Vatapá)
- 1 xícara de castanha de caju (sem sal), torrada e processada (em pó, bem fininha)
- 1 xícara de amendoim (sem sal), torrado e processado (em pó, bem fininho)
- 1 xícara de camarão seco, processado (em pó, bem fininho)
- 2 tomates (sem casca)
- 2 cebolas (médias)
- 1/2 maço de tempero verde (coentro + cebolinha)
- 1 garrafa de leite de coco
- 3 colheres (sopa) de azeite de oliva
- 2 colheres (sopa) de azeite de dendê
- 2 colheres de extrato de tomate Elefante
Caruru
- 60 a 100 unidades de quiabo para 1 receita de base. Calcule 8 quiabos por pessoa.
Vatapá
- 3 xícaras (chá) de farinha de trigo (para 60 quiabos, se for usar 100 quiabos, use 4 xícaras)
Comentários
Postar um comentário